Oieee!!!
Eu sei que pode parecer estranho pra muita gente, mas desde pequena, sempre achei as pessoas mais velhas sensacionais. Sempre admirei a forma como falavam das suas experiências, mesmo das coisas cotidianas.
Desde então, quis ser uma pessoa mais velha! Não o clássico “Ah, quero ter 18 anos logo para curtir a vida adoidada” de adolescentes emburrados; mas muito mais com uma motivação que acho, cada vez mais, tem sido negligenciada por muita gente: a sabedoria.
Tá bom, tá bom... eu sei que pode parecer coisa de velho todo esse lance de “quanto mais velho, mais sábio”, remetendo aos conselhos chatos (ou não) de avós e pais, mas pare um pouquinho e pense! Hoje, neste exato momento, você não está mais sábio do que há cinco anos atrás? (Desculpe, se este exemplo não serve para você, melhor parar a leitura por aqui)
Quer um exemplo, que eu adoro, com o qual talvez identifique melhor esse “surreal fenômeno” de acúmulo de sabedoria com a idade? Sabe a série Anos Incríveis? (Caraca, se você não sabe clica aqui – Mas é a última chance que te dou!). Pois bem, eu sempre, sempre adorei essa série. Claro que tem todas aquelas histórias de amizade, família e relacionamentos no geral, mas sabe o que sempre me chamou mais atenção? A narração em primeira pessoa do personagem principal, Kevin. E, se não bastasse ele mesmo estar narrando, ele o faz quando está bem mais velho do que quando tudo aquilo aconteceu com ele e o melhor: com uma sabedoria e maturidade que não tinha na época, logo, não poderia avaliar ali, naquele momento, o real impacto do acontecimento na sua vida. Sem a sabedoria que ele obteve com todas aquelas experiências, ele não teria condições de olhá-las e avaliar se foram boas ou não, tristes ou felizes, relevantes ou irrelevantes e nos contar. E há inúmeros outros exemplos disso na ficção: o desenho Doug, O Fantástico Mundo de Bob ou, para citar algo mais recente (e que também adoro) How I Met Your Mother.
Tudo isso, junto à vida real, de pessoas que eu conheço e da minha ainda pouca experiência de vida, só me faz ver mais e mais benefícios em ficar mais velha e me faz retomar a admiração que eu já tinha quando criança. Na entrevista que deu ao Jô Soares (hilária por sinal), Eduardo Sterblitch comenta que queria ser velho. Ao que todos ficam desconcertados e o Jô pergunta: “Mas porquê?” e ele responde “Porque aí as pessoas me levarão a sério!”. Achei ótima essa declaração também, porque além de toda a sabedoria acumulada com a idade e vivência você passa a ser respeitado por isso também (ou, pelo menos, na maioria das vezes).
Acho que ficar mais sábio é uma riqueza tão sensacional, que não poderia vir sem nenhum ônus, que é ficar fisicamente mais velho. Não que eu ache isso um problema, mas sabemos que a bandeira mais avidamente sacudida por todos os meios atualmente é “Mantenha-se jovem!”. O problema é quando as pessoas perdem a mão e esquecem que o "manter-se jovem", pode significar manter a mente aberta justamente para acumular mais conhecimento. Claro que, para a maioria dos meios através dos quais essa mensagem é difundida, o único interesse real é de que você se mantenha jovem através do consumo de produtos que o façam sentir-se dessa maneira. Mas espero que você, que chegou até esse ponto do texto, tenha uma posição mais sólida do que só essa ;-)
Pra finalizar, sempre fiquei pensando sobre esse tema de que é sensacional envelhecer e acumular sabedoria, mas nunca tinha ouvido uma música sobre o tema. Qual não foi minha surpresa ao ver, quase sem querer, o final do acústico do Arnaldo Antunes no qual ele canta a música “Envelhecer” que me emocionou já nas primeiras frases por ser a tradução do que penso sobre o tema.
Segue clipe da música que já começa com um “A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer”. #ficadica
Enjoy it!
Abs,
Aline - Chica
Que delícia isso minha eterna bebê!!!
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