Bom, nem vou começar falando que faz séculos que não apareço aqui, porque isso já está ficando chato e tremendamente enfadonho.
Para me redimir, digo que ultimamente as coisas têm estado super corridas... por excelentes e nem tão legais motivos, mas tenho tido realmente menos tempo para me dedicar ao meu querido blog. Apesar de adorá-lo! E a vocês, que me lêem também, claro!
Neste post quero falar da minha mais recente e única grande viagem! Sim, finalmente, após 2 meses do meu retorno, resolvi encarar a tarefa de escrever sobre as férias mais animais da minha vida! E, claro, comentar um pouco sobre a depressão após elas... mas isso é outro assunto!
Enfim, para quem me conhece, sabe que meu grande sonho sempre foi ir à Paris. Daí, meu querido leitor diz: "Mas esse é o sonho de muita gente!". Ao que eu respondo, sim! É mesmo! Só que eu achei que demoraria muitooo para conseguir realizá-lo (viagem cara, passagem cara, não falo francês e etc).
Mas, eis que no início deste ano eu mudei de área na empresa em que trabalho e lá conheci uma amiga muitooo especial: Kátia (sim, homenagem a ela!) que tinha "ganhado" uma passagem para Paris (aqui cabe um mega parênteses! Não sei se recordam, mas no ano passado a Citroen estava com uma promoção: quem comprasse um carro, ganhava uma passagem para Paris. Simples assim! E foi aí que a Kátia entrou!), entretanto, não a utilizaria.
Para relembrar a promoção |
Fiquei chocada: "Como assim, você não vai usar?", ao que ela me confirmou explicando toda a situação, que fazia todo o sentido, mas não cabe aqui rs.
Por alguns dias fiquei encafifada com aquela passagem "sem dono", aguardando ansiosamente para ser utilizada assim como eu aguardando ansiosamente para conhecer Paris. Estava decidindo entre uma pós-graduação e a viagem dos meus sonhos... Tá, para alguns seria fácil pensar "Ah, estudar mais ou fazer a viagem dos seus sonhos? Óbvio que farei a viagem dos meus sonhos!". Mas num mundo em que a minha mamãe existe, fica mais difícil ter estes rompantes de desconexão com o mundo real e me entregar aos sonhos. Não que minha mãe fosse contra, mas ela valorizava muito mais uma pós do que a viagem.
Apesar disso, finalmente decidi: "Vou falar com a Kátia e, se der tudo certo, vou, sim, viajar!".
E deu certo!!!!! Simmm!!! Ela passou a passagem para o meu nome e, antes que as pessoas pensem que simplesmente a ganhei, deixo claro que não! A Kátia foi mega legal e me fez um preço camarada, mas, sim, eu paguei a ela, claro!
E foi assim que iniciei o planejamento da minha viagem... com somente um mês de antecedência (na verdade nem isso). Não tinha passaporte, não fazia ideia se precisava de visto, onde ficaria, nem nada. Mas tinha certeza de que iria à Paris!! Uhuuuuuu!!
Então, comecei a pesquisar tudo: hostels, hotéis, pontos turísticos, como me locomover lá, etc. Até que me ocorreu: Já que vou para a Europa porque não aproveitar e conhecer algum outro lugar também? E aí veio a dúvida: qual lugar?
Lá fui eu conversar com várias pessoas até me deparar com uma conversa com minha (carinhosamente apelidada) irmã mais velha Leilane. E ela me disse: "Porque você não vai pra Roma?".
Naquele momento foi como se milhões de sinos tocassem dentro de mim: "Claro, como não pensei nisso antes???". Sim, Roma! A cidade sede de um dos maiores impérios da humanidade! Praticamente o berço da civilização ocidental e onde poderia encontrar ruínas de mais de 2 mil anos atrás! Em outras palavras: ANIMAL!!!
Depois, foi só correr atrás de tudo até o grande dia: 11/04/2011.
Vale lembrar que, até então, nunca tinha andado de avião e o lugar mais longe de casa pra onde fui tinha sido Assis (interior de São Paulo, 6 horas de ônibus, 434km de São Paulo). Ou seja, ia ser tudo ANIMAL do começo ao fim!
E foi, de verdade foi!!!
Despedir-me da minha família (meu irmão e minha mãe que foram me levar no aeroporto e meu pai por telefone) foi difícil! Entre soluços e abraços, fui para a área de embarque finalmente com a ficha que caiu: "Agora estou por conta própria!". Sim, não sei se deixei claro, mas fui viajar SOZINHA!
Aqui vale um parênteses: enquanto estava organizando tudo para a viagem, as pessoas me perguntavam: "Nossa, você vai sozinha mesmo? Que coragem!" ao que eu respondia tranquilamente: "Ah, vou sim!". Mas quando entrei na fila para a área de embarque sem ninguém e sabendo que só veria um rosto conhecido de novo em 22/04/2011 bateu um medinho, admito. Mas, posso falar, logo passou e eu curti muito essa experiência.
Enfim, parênteses fechados, sigamos em frente! Peguei o avião (e adorei voar), vi uns filmes, fiz uma amizade com minha companheira ao lado e, finalmente, desci no aeroporto Charles de Gaulle (gigaaaante, por sinal!). Peguei o trem + metrô e desci em Montmartre: o bairro do hostel em que eu fiquei.
Fiz o check-in, deixei minhas coisas, avisei minha mãe, meu irmão e meu pai e parti para a Torre Eiffel (afinal, como saber se estou mesmo em Paris sem vê-la?) e a encontrei após muito andar.
Hostel em Paris |
Pra ser bem sincera, como estava sozinha, nem saia a noite. Até porque, o dia demorava a escurecer, então até as 20hs tinha sol lá. O que era perfeito! Acordava cedinho e chegava no hostel por volta das 22hs! E eu andei, viu! Uma das coisas que aprendi: com o estímulo certo sou capaz de andar quilômetros e nem me importar! Meu pé ficou com uma nova crosta de pele (tá, sei que não é muito agradável falar, mas só pra provar o quanto andei) de tanto que andei e minhas costas nem aguentavam mais o peso da minha mochila!
Ah, e o meu melhor amigo? Meu guia, claro! Em todas as fotos em que apareço ele está lá comigo e não o largava por nada! Pontos turísticos, passes do metrô, mapa das linhas de trem e metrô: tudo estava nele! Meu bom companheiro de passeios!
Olha o meu guia ai! |
E aí, foi vez de Roma...
Sabe aquele lugar com o qual você se identifica de cara? Que tem lugares tão animais que você ficaria por horas ali?
Foi assim que me senti em Roma! Os italianos são mais calorosos, se parecem mais com a gente! E a cidade, pra mim, é meio caótica, como São Paulo, mas respira e transpira a História! Não que São Paulo também não tenha, mas, veja bem, em Roma as coisas datam de antes de Cristo... acho que não preciso falar muito mais!
Qual não foi meu espanto quando, logo no caminho do aeroporto à principal estação de trem e metrô surge o imponente Coliseu, bem do meu lado? Grudei na janela do ônibus e comecei a tirar fotos loucamente! E entrar no Coliseu? Sempre imaginei isso e é, de verdade, uma emoção sensacional! Visitar um lugar com tanta história e sentir sua atmosfera é indescritível! Imaginar os romanos torcendo por seu gladiador preferido bem ali e se imaginar como um deles foi SENSACIONAL!
Eu, a multidão e o Coliseu! |
Ruínas do Fórum Romano: SENSACIONAL! |
Não me entendam mal! Adoro o Brasil, apesar de ainda nem conhecê-lo bem! Até sou um pouco patriota, mas é como eu disse: é um lugar no qual me sentia bem!
Talvez tenha sido o fato de nunca ter viajado assim e nem tirado férias como essas antes, mas a verdade é que, finalmente, parece que encontrei o sentido da minha simples existência humana: viajar! Isso porque não fiquei muito tempo, não me aprofundei nos costumes das pessoas, mal sabia falar algumas palavras em francês ou italiano (aqui, agradeço imensamente às novelas da Globo que, querendo ou não, nos dão uma noção de vocabulário italiano: Madonna Mia!), mal parei para comer os pratos típicos... mas foi a experiência mais ANIMAL, SENSACIONAL e MARCANTE da minha vida!
Rio Tibre num dia lindo de sol |
Por tudo isso, hoje, posso dizer com toda a certeza: a melhor coisa a se fazer na vida é viajar! E é também o melhor investimento! Super recomendo a todos que já foram ou ainda não, fazer uma viagem assim! Seja no Brasil mesmo, que deve ser animal também, seja América do Sul, Central, Norte, Ásia, África, etc! Só digo uma coisa: vão! Porque vale MUITOOO a pena!
Abs,
Pronta para a próxima viagem! Hehehe |
Aline - Chica, aquela que não será mais a mesma, estará sempre pensando na próxima viagem e, de vez em quando, suspirando de saudades da viagem...
Antes tarde do que nunca, falo da sua viagem e do meu comentário. Curti o relato, ainda que já tenhamos conversado sobre. Tbm concordo que viajar pra um lugar que a gente curte é inspirador, renova a alma. Show de bola Filhota!!!
ResponderExcluirAdorei Aline.... já que quse 5 meses depois da sua viagem ainda não conseguimos conversar direito sobre ela rs... fiquei morrendo de vontade de ir também... saudades de vc
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